Fetec-CUT/CN participa no Ceará do 29º Congresso dos Funcionários do BNB
A Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) participou do 29º Congresso dos Funcionários do Banco do Nordeste (CNFBNB), realizado em Beberibe (CE) nos dias 30 e 31 de maio e 1º de junho, quando os delegados aprovaram a pauta específica de reivindicações a ser negociada com o banco na campanha salarial deste ano.
A delegação da Fetec-CUT/CN foi composta por Edson Gomes (secretário de Bancos Públicos da Federação), Dayene Silveira e Alicianne Lopes, ambas funcionárias do BNB em Brasília.
“A participação da Fetec é importante para reforçar a unidade nacional, a luta dos bancários dos bancos públicos e de todo o sistema financeiro e a luta geral dos trabalhadores brasileiros neste momento de mudanças importantes que ocorrem em nosso país”, disse Edson Gomes, que também é diretor financeiro do Sintraf Amapá.
“Achei muito positivo o congresso. Essa oportunidade de levar as propostas e discutir com os colegas e às vezes até ouvir outros pontos de vista sobre algo que a gente achou razoável, mas as outras pessoas enxergaram sob outras óticas é muito importante”, afirmou Dayene Silveira.
Ela acrescentou: “Essa construção coletiva faz as pessoas acreditarem que o sindicato é atuante e está atento aos anseios individuais. As palestras foram importantes sob o ponto de vista de nos situar quais os desafios para os próximos anos e o que nós precisaremos pensar para o futuro. Volto para casa com a tranquilidade de que o melhor está sendo feito para a nossa categoria”.
Alicianne Lopes contou que “foi a primeira vez que participei de um congresso dos funcionários do BNB e foi uma grata oportunidade de debater temas importantes para o nosso funcionalismo. A organização do evento foi muito bem-feita, bem como a escolha dos temas e palestras ministrados. Espero poder participar outras vezes”.
Dayene apresenta as propostas da Fetec no Congresso do BNB
Reconstruir o Brasil
Na abertura do 29º Congresso do BNB, o presidente da Fetrafi-NE, Carlos Eduardo, saudou os participantes e enfatizou que, em termos de conscientização e cidadania, os nordestinos já deram um recado claro sobre políticas públicas: “Nós queremos reconstruir o Brasil, não queremos a destruição dos bancos públicos.”
Carlos Eduardo destacou a necessidade de tratar o Banco do Nordeste com o respeito e o espaço que ele merece no cenário brasileiro. “Não são somente bancos de desenvolvimento, comerciais ou de investimento. Todos devem ser tratados dentro daquilo que gera transformação” ,afirmou.
A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, iniciou os debates com uma análise sobre os impactos dos juros na economia e no emprego. Ela destacou como o modelo capitalista atual, movido pela especulação financeira, amplia as desigualdades e favorece a concentração de renda. Enfatizou ainda a necessidade de políticas públicas que revertam esse quadro e promovam um desenvolvimento mais equitativo.
No dia seguinte, Túlio Velo Barreto, Diretor da Dimeca da Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ), trouxe à tona o projeto de desenvolvimento do Nordeste engavetado pela ditadura militar. Barreto lembrou como as oligarquias regionais resistiram à criação da Sudene e outras iniciativas que poderiam transformar a região. Sua fala ressaltou a importância histórica do BNB e a necessidade de um planejamento estratégico que valorize o desenvolvimento regional.
A defesa da democracia foi o tema central da palestra da Presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Neiva Maria Ribeiro. Ela abordou os desafios enfrentados pelos trabalhadores bancários e a importância da união e mobilização para garantir direitos e melhores condições de trabalho. Neiva destacou a importância das consultas aos trabalhadores como um meio de democratizar a voz dos funcionários e fortalecer a luta sindical.
Wandemberg Almeida, Coordenador-Geral da Sudene, discutiu os impactos das mudanças climáticas na região Nordeste. Ele apresentou dados alarmantes sobre as projeções climáticas e enfatizou a necessidade urgente de ações de mitigação e adaptação. Almeida propôs a integração de economia e sustentabilidade, utilizando conceitos como bioeconomia e soluções baseadas na natureza para promover um desenvolvimento mais harmonioso e sustentável.
O congresso foi encerrado no dia 1º de junho com uma plenária de consolidação e aprovação das propostas, que são provenientes dos sindicatos, para a pauta de reivindicações dos funcionários do BNB. As discussões e propostas apresentadas ao longo dos três dias refletem a preocupação dos trabalhadores com temas críticos para a região e o país, e a necessidade de ações concretas para enfrentar os desafios socioeconômicos e ambientais.
O 29º Congresso dos Funcionários do Banco do Nordeste reafirmou o compromisso dos trabalhadores e líderes sindicais com a luta por um desenvolvimento mais justo e sustentável para o Nordeste, evidenciando a importância de um BNB forte e atuante na promoção do crescimento econômico e na redução das desigualdades regionais.
Fonte: Fetec-CUT/CN, com Fetrafi NE
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