
UNI e FES realizam curso de formação na capital fluminense

A UNI Américas Finanças, o braço regional do sindicato global que representa trabalhadores do setor financeiro no continente, e a Fundação Friedrich Ebert (FES) realizaram nos dias 4 e 5, na sede do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro (SEEB-RJ), o curso “Formação Básica de Moderação, Design e Condução de Conversação”.
“Foi um evento importante, onde ampliamos nosso conhecimento teórico e prático. Também tivemos a oportunidade de trocar experiências com representantes sindicais de outras localidades da América Latina”, observou Rita Berlofa, secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
A secretária de Formação da Contraf-CUT, Eliana Brasil, destacou a importância de atividades como essa. “Foi um curso intenso que culminou com treinamentos presenciais dos métodos de organização e estratégias para sucesso nas reuniões de negociação”, destacou. “Chamamos de formação esse processo contínuo de desenvolvimento cultural e técnico, realizado historicamente no meio sindical brasileiro e do mundo, e que capacita dirigentes e trabalhadores na organização, crítica, reflexão e luta por direitos. A formação também é essencial para trazer novos militantes e fortalecer a identidade do movimento sindical trabalhista”, explicou ainda.
Rita Berlofa completou que a eficiência da formação, entretanto, não está só em trazer o conhecimento do passado, mas também em ajudar os trabalhadores e compreenderem os desafios do presente. “E esse foi o objetivo do curso realizado nesses dias, sobre design e condução de conversa”, arrematou.
O curso contou ainda com a participação do diretor regional do setor de finanças da UNI Américas, Guilhermo Mafeo, e do chefe de departamento da UNI Finanças, Angelo Di Cristo.
Ato em solidariedade aos trabalhadores do Santander
Na quarta-feira (5), os participantes do curso aproveitaram para “sair da sala de aula” e ir às ruas, em solidariedade aos funcionários e funcionárias do banco Santander, que um dia antes haviam realizado mobilizações em todo o país em protesto contra o fechamento de agências, demissões e contratação fraudulenta de mão de obra — prática em que o banco demite trabalhadores com todos os direitos garantidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e os recontrata por meio de empresas terceirizadas do próprio grupo espanhol, com perda de direitos e redução salarial.
A ação teve como objetivo denunciar as práticas abusivas do Santander e exigir respeito, valorização e dignidade para os trabalhadores que constroem os lucros do banco no Brasil.
“É inaceitável a forma como o Santander tem conduzido sua gestão no Brasil. Trata-se de uma total falta de respeito ao país e aos brasileiros, quando o banco, em nome de lucros que já são estratosféricos para seus acionistas, burla a lei com contratações fraudulentas e promove demissões de trabalhadores que dependem do emprego para sustentar suas famílias e garantir sua sobrevivência. Como se isso não bastasse, há também um profundo desrespeito aos clientes, que são empurrados para o atendimento automatizado, muitas vezes após o fechamento de suas agências, sendo obrigados a percorrer longas distâncias para conseguir um atendimento presencial. Para nós, trabalhadores, isso é revoltante. Mas não vamos nos calar. A luta continuará!”, destacou Rita Berlofa, que participou de ato em frente à uma agência no Rio de Janeiro.
Veja imagens do protesto:








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