
Trabalhadores do Itaú do Centro-Norte participam dos protestos contra demissões e precarização do emprego

Todas as bases da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) participaram nesta terça-feira 8 de julho do Dia Nacional de Luta dos Trabalhadores do Itaú contra o fechamento de agências, demissões, assédio moral, adoecimento mental e precarização do emprego no Itaú, mesmo ele sendo a instituição mais lucrativa do sistema financeiro nacional. Em várias cidades, os funcionários conseguiram retardar a abertura de agências.Veja no final a galeria de fotos das manifestações no Centro-Norte.
“O Banco Itaú lucrou R$ 11 bilhões no primeiro trimestre e fechou 155 agências em todo o Brasil somente este ano. E a previsão do banco é fechar jamais 50 agências em 2025. E com o fechamento de agências a empresa está demitindo bancários e bancários. Mesmo com a lucratividade do Itaú sendo cada vez mais alta, é o banco que mais lucra de todo o sistema financeiro nacional, com as altas cobranças de tarifas, dos juros e da cobrança desenfreada de metas abusivas que impõe aos trabalhadores”, denuncia Sandro Mattos, representante da Fetec-CUT/CN na Comissão de Organização Empresa (COE) do Itaú.
“Por isso fizemos manifestações e retardamos a abertura das agências do Itaú em 1 hora em todo o território nacional neste 8 de julho, para que o banco nos ouça e pare com o fechamento de agências e demissões”, acrescenta Sandro.
“O Itaú continua fechando agências, demitindo, sobrecarregando funcionários e, ao contrário das propagandas que faz, ignora sua responsabilidade social", ressalta a coordenadora nacional da COE do Itaú, Valeska Pincovai. “O lucro do Itaú só é possível graças ao trabalho dos bancários, que infelizmente continuam sendo vítimas de pressão e assédio moral nas agências e departamentos. Cada vez mais os números revelam uma realidade alarmante: o crescimento dos afastamentos por doenças psíquicas, causadas por metas abusivas, sobrecarga e insegurança", completou a dirigente.
Clique aqui para acessar a galeria de imagens das manifestações em cidades em todo o país.
Material informativo
A categoria aproveitou o dia nacional de mobilização para entregar para funcionários e clientes do banco um material informativo, com denúncias sobre o aumento da precarização, fechamento de agências e reivindicações do movimento sindical.
Nos últimos 12 meses, o Itaú fechou 222 agências que atendiam cerca de 1,4 milhão de clientes que foram realocados para outras unidades. "O resultado é superlotação nas agências restantes: ruim para os clientes e para os funcionários, que, se não são demitidos, sofrem com a sobrecarga, realocações forçadas e metas abusivas pelo crescimento das demandas de trabalho. Diante desse quadro, estamos registrando o crescimento dos afastamentos por doenças psíquicas", conta Valeska Pincovai.
O movimento sindical bancário também apresentou, durante os protestos, as seguintes reivindicações ao Itaú:
- Fim das metas abusivas e das realocações forçadas;
- Contratação de mais trabalhadores;
- Reabertura de agências essenciais;
- Transparência no programa GERA; e
- Segurança e dignidade para quem trabalha.
"Nossas reivindicações são claras: que o banco reavalie os fechamentos, respeite as responsabilidades da concessão pública, com a garantia de atendimento digno à população, e dos direitos trabalhistas", conclui a coordenadora da COE.
Fonte: Fetec-CUT/CN, com informações da Contraf-CUT