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6 de Outubro de 2025

Proposta do banco com reajuste para o Saúde Caixa é rejeitada em mesa

A Caixa Econômica Federal negou a extinção do teto de 6,5% da folha salarial para os seus gastos com a saúde de seus empregados e apresentou uma proposta para o Acordo Coletivo de Trabalho do Saúde Caixa com aumento do percentual de contribuição dos titulares de 3,5% para 5,5%. A proposta do banco ainda prevê reajuste do valor a ser pago por dependente, de R$ 480 para R$ 672. Pela proposta da Caixa, os valores máximos a serem pagos pelas empregadas e empregados sofrerão reajuste médio de 71%, passando de até 7% para até 12% da remuneração base.

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa recusou a proposta em mesa e pede força nas manifestações desta terça-feira (7), Dia Nacional de Luta em defesa da Saúde Caixa, com participação das empregadas e empregados, tanto pelas redes sociais, quanto em conversas com colegas de trabalho.

“As empregadas e empregados já não suportam pagar os valores das mensalidades atuais. Com reajustes ficaria ainda pior. Não vamos aceitar propostas que possam fazer com que empregados fiquem sem plano de saúde por não conseguir pagar as mensalidades”, disse o coordenador da CEE/Caixa, Felipe Pacheco. “Pedimos que todas as empregadas e empregados se manifestem nas redes sociais e conversem com seus colegas de trabalho, falando sobre o quanto essa proposta é ruim”, complementou.

Pela proposta da Caixa, o reajuste médio nas contribuições dos titulares pode chegar a 57,14%. Para os dependes a 40% e os valores máximos a serem pagos pelas empregadas e empregados sofreria um acréscimo de 71%.

As negociações serão retomadas nesta terça-feira (7).

Veja o que disseram membros da CEE sobre a proposta:

Custeio 70/30
“A porcentagem do modelo de custeio já está se invertendo, com os aumentos dos custos sendo jogados apenas para os empregados arcarem”, observou Felipe.

“Os empregados não têm acordo com essa proposta e com nenhuma outra que gere aumento nas mensalidades. Não adianta a Caixa apresentar qualquer gráfico que mantenha as premissas, mas que repasse a conta para os empregados. Quem tem que resolver esse problema é a Caixa”, disse o diretor e representante da Contraf-CUT na mesa de negociações com a Caixa, Rafael de Castro.

“O que vimos é uma proposta que não dialoga com a nossa pauta. A Caixa, mais uma vez, quer empurrar os aumentos do Saúde Caixa para os participantes”, ressaltou a representante da Fetrafi-RS, Sabrina Muniz.

Para João Paulo Pierozan, representante da Fetec-PR, “a Caixa trouxe uma proposta com reajuste muito alto, tanto para os titulares, quanto para os dependentes, aumentando sobremaneira o custo familiar com o plano de saúde”.

“A Caixa não pode jogar para nós, empregados, os problemas do desequilíbrio do plano. Ela precisa aportar recurso e tirar o teto de 6,5%, que é o que desequilibra o plano”, disse o representante da Fetec-CUT/CN, Antonio Abdan.

“A Caixa, infelizmente, frusta a mesa de negociação ao repetir as mesmas condições que ela já vinha apresentando anteriormente, que é o aumento do custeio da mensalidade dos titulares e dependentes, elevando significativamente esses valores, tornando inviável um plano, que para muitos já está bastante elevado”, reforçou o representante da Fetrafi-SC, Edson Heemann.

O representante da Federa-RJ, observou que o modelo de custeio seria o suficiente para manter a sustentabilidade do plano se o banco não tivesse incluído o teto de 6,5% da folha salarial em seu estatuto. “Nossos estudos já comprovaram a inclusão unilateral pela Caixa do teto no próprio estatuto é o grande responsável pelo déficit, sendo o aporte da Caixa desses valores que a Empresa deixou de pagar nos últimos anos mais que suficiente para cobrir os déficits”, disse.

“Esperamos que a Caixa faça um esforço de hoje para amanhã para tender nossas reivindicações. Está muito distante o que Caixa oferece das nossas reivindicações”, disse o representante da Feeb-SP/MS, Carlos Augusto Pipoca

“A Caixa trouxe uma proposta para nós, indecente, não aceitável, com um percentual muito alto de reajuste, totalmente contrária à nossa proposta de reajuste zero”, observou Marilda Bueno, representante da Fenacef.

“Os usuários não conseguem arcar com qualquer tipo de reajuste. Por isso, insistimos na proposta de reajuste zero”, disse o representante da Fetrafi-RJ/ES, Ronan Teixeira.

Valorização dos empregados
“É impressionante ver que o banco não valoriza os colegas que contribuem para os seus resultados”, lamentou a representante da Fetec-CUT/SP, Luiza Hansen.

Além de trazer proposta com reajuste de valores, a Caixa não trouxe nada sobre os funcionários que ingressaram pós 2018.

“Para manter a premissa do pacto intergeracional, é preciso garantir aos contratados pós-2018 os mesmos direitos dos contratados anteriormente”, disse o representante da Feeb/BA-SE, Emanoel Souza.

“Para mantermos a sustentabilidade do nosso plano precisamos que esses funcionários tenham direito ao plano de saúde pós aposentadoria”, disse a representante da Fetec-PR, Samanta Almeida.

“Está cada vez mais difícil manter os dependentes no plano e com estes reajustes ficará praticamente impossível”, disse a representante da Fetrafi/NE, Chay Cândida.

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