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16 de Fevereiro de 2023

Política de juros privilegia mais ricos e penaliza trabalhadores, avalia presidente da Fenae

Um ato no Salão Verde da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), marcou nesta terça (14) o lançamento da campanha #jurosbaixosjá. A mobilização visa pressionar o Banco Central (BC) por uma política monetária mais favorável aos trabalhadores e ao desenvolvimento econômico. O evento contou com a participação de lideranças partidárias e representantes da sociedade civil organizada.

“Não vamos descansar enquanto os maiores juros reais do mundo não caírem. Temos compromisso com o povo e não com banqueiros e rentistas”, reforçou o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), idealizador da campanha e articulador da criação de uma frente parlamentar “contra os juros abusivos”.

Segundo o parlamentar, muitos países adotam taxas de juros negativas (taxa de juros descontada a inflação) e que mesmo os que têm juros positivos possuem taxas reais bem menores que a do Brasil. Esse é o exemplo do México (2ª maior taxa), com 5%; do Chile (3ª) com 4%; e da Colômbia (4ª maior taxa), com 3% de juro real.

São necessárias 171 assinaturas para criação dessa frente. O objetivo é ajudar na mobilização da sociedade para a discussão do tema.

A mobilização por juros menos abusivos tomou conta também das ruas. Bancários de todo o país realizaram atos, organizados pelo Comando Nacional dos Bancários, Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e diversas outras entidades. Veja como foi!

Para o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, a atual política de juros do Brasil, considerada uma das mais elevadas do mundo, trava a economia e penaliza os trabalhadores porque não gera empregos e renda.

“Só privilegia os mais ricos que apostam nas taxas de juros altos para ganhar dinheiro sem apostar na produção. Por isso, nós precisamos que o Banco Central esteja alinhado com a política do governo que, nesse momento, tem procurado a geração de emprego, a geração de trabalho, porque é isso que o Brasil precisa. O país precisa voltar a investir na produção, na moradia, para que tenha emprego, qualidade de vida e salários dignos”, declarou Takemoto, que participou do ato realizado em frente a sede do Banco Central, em São Paulo (SP).

A campanha #jurosbaixosjá também conta com apoio de vários movimentos sociais e das entidades representativas dos trabalhadores. Presente ao ato na Câmara, a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Juvandia Moreira Leite, ressaltou que a manutenção da atual taxa de juros é uma ação contrária ao desenvolvimento econômico e social do Brasil.

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