Negociações da Campanha Nacional 2024 começam nesta quarta 26 com defesa do emprego
O Comando Nacional dos Bancários se reunirá nesta quarta-feira 26 com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para debater a defesa dos empregos na mesa "Trabalho", como parte das negociações da Campanha Nacional de 2024, para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. Os bancários também discutirão na quarta o pré-acordo da ultratividade. As próximas rodadas de negociação estão marcadas para os dias 2, 11, 19 e 25 de julho. E nos dias 6, 13, 20 e 27 de agosto.
“As negociações agora começaram oficialmente. Esperamos que por parte da Fenaban e dos bancos haja respeito dos bancários e bancárias. O futuro se faz juntos. Vamos à luta”, conclama Rodrigo Britto, presidente da Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN), integrante do Comando Nacional dos Bancários. Outros oito presidentes de sindicatos das bases da Federação integram o Comando Nacional: de Brasília (Eduardo Araújo), do Pará (Tatiana Oliveira), do Mato Grosso (João Dourado), de Rondônia (Ivone Colombo), de Campo Grande (Rubens Jorge Alencar, interino), do Acre (Eudo Raffael Lima), do Amapá (Samuel Bastos) e de Roraima (Adauto Andrade Martins).
“A categoria precisa estar mobilizada para fazermos um bom acordo coletivo”, reforça a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.
Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mesmo com lucros bilionários, nos últimos cinco anos, os bancos fecharam 3,2 mil agências em todo o país (88% delas de estabelecimentos privados). No mesmo período, houve uma redução de 20,7 mil postos de trabalho bancário.
Juvandia Moreira, destaca que, somente em 2023, os bancos registraram no Brasil um crescimento de 5%, em comparação ao ano imediatamente anterior, o que significou um lucro líquido de R$ 145 bilhões no período.
Durante a entrega da minuta de reivindicações da categoria à Fenaban, no último dia 18, oficializando o início da Campanha Nacional, a dirigente colocou esses dados diante da Fenaban, ressaltando na ocasião que “os lucros dos bancos são o resultado direto das trabalhadoras e dos trabalhadores” e que, por conta disso, “a expectativa dos trabalhadores é de um bom acordo”.
O tema também será debatido à luz dos avanços tecnológicos, especialmente o impacto da Inteligência Artificial. "Acreditamos que é possível que a revolução tecnológica pode ocorrer com a defesa dos empregos. Hoje, o que estamos assistindo, é a redução de postos com o aumento da sobrecarga, por isso, o setor vem registrando também altos índices de adoecimento entre a categoria, pela pressão por metas", ressalta a dirigente.
Fonte: Fetec-CUT/CN, com Contraf-CUT