
Fetec-CUT/CN se solidariza com professores do DF em greve e condena truculência do governo Ibaneis

A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) manifesta total solidariedade aos professores da rede pública de Brasília em greve por direitos e repudia veementemente a atitude truculenta e antissindical do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, que mandou prender educadores durante manifestação nesta terça-feira 3, criminalizando uma luta legítima e constitucional dos trabalhadores do ensino do DF. Os bancários participarão do grande Ato de Solidariedade que está sendo organizado pela CUT-DF e demais categorias de trabalhadores, marcado para esta terça-feira 3, às 19h, na sede do Sinpro (Sindicato dos Professores).
A Fetec-CUT/CN também considera absurda a decisão da Justiça do Distrito Federal, que determinou a aplicação de uma multa diária de R$ 1 milhão contra o Sinpro, em razão da paralisação.
Vários professores foram presos pela PM quando participavam de uma manifestação em frente ao Shopping ID, onde se situa a Secretaria da Educação do DF. Até o fechamento desse texto, os educadores continuavam presos e incomunicáveis dentro do shopping. Até o advogado do Sindicato dos Professores foi impedido pela segurança de Ibaneis de ter acesso aos presos.
“O governo de Ibaneis Rocha mantém presos professores que estão em manifestação exigindo o cumprimento daquilo que estava sendo negociado”, denuncia o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues.
“Ao criminalizar a greve, o governo está criminalizando o direito dos trabalhadores de lutarem por seus direitos. É por isso, contra esse absurdo que foi decidido pela Justiça do Distrito Federal, que precisamos fazer um ato em solidariedade à educação, à greve dos professores e contra a criminalização do direito de greve”, acrescenta o presidente cutista.
Federação Centro-Norte convoca ato de solidariedade
“Por isso estamos convocando os bancários e todos os trabalhadores e trabalhadoras de Brasília para participarem do ato de solidariedade de hoje à noite, a partir das 19h, para dar apoio aos professores, repudiar a atitude antissindical do governador e da Justiça do DF”, afirma Rodrigo Britto, presidente da Fetec-CUT/CN e também secretário de Comunicação da CUT de Brasília. “Vamos gritar em alto e bom som que a classe trabalhadora lutará com todas as suas forças contra a criminalização do movimento sindical e qualquer ataque ao direito inalienável de lutar por seus direitos.”
Em nota, a CUT-DF manifestou repúdio à decisão do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) de impor a multa aos professores e disse se tratar de uma “medida autoritária, que busca coagir e silenciar a legítima mobilização da categoria”. A entidade afirmou ainda que a determinação da multa milionária é uma “prática inconstitucional e antissindical”, que tem como objetivo “intimidar trabalhadores”.
“É mais uma tentativa deste GDF de criminalizar a mobilização legítima de professores e enfraquecer a luta em defesa de direitos fundamentais, como a valorização profissional, melhores condições de trabalho e uma educação pública de qualidade. Ao invés de diálogo, repressão”, conclui a nota da CUT.
A greve dos professores da rede pública do DF foi aprovada em assembleia geral do Sinpro, realizada na terça-feira (27), após tentativas de negociações frustradas com o GDF a respeito do reajuste salarial e da reestruturação da carreira. O início para a paralisação das atividades foi marcado para esta segunda-feira (2), respeitando a exigência legal do prazo de 72 horas de antecedência da notificação.
Fonte: Fetec-CUT/CN, com informações da CUT-DF