
Bancários do Centro-Norte participam da Marcha da Classe Trabalhadora nesta terça 29, em Brasília

Os trabalhadores em empresas de crédito do Centro-Norte participam nesta terça-feira 29 de abril da Marcha a Brasília, como parte da Jornada Nacional de Lutas da Classe Trabalhadora, organizada pela CUT e demais centrais sindicais, que terá seu ápice nas manifestações de 1º de Maio em todo o país. Os participantes da marcha levarão aos poderes Legislativo e Executivo as pautas de interesse do conjunto dos trabalhadores, que têm como destaque este ano a redução da jornada de trabalho sem redução de salário, o fim da escala 6X1, a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês e a taxação dos super-ricos.
O XII Congresso da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN), realizado entre os dias 11 e 13 de abril em Brasília, aprovou resolução exortando todos seus sindicatos filiados a desenvolverem o máximo esforço para mobilizar os bancários e outros trabalhadores do ramo financeiro a participarem da Marcha a Brasília.
A Fetec-CUT/CN participou nesta segunda-feira 28 de um seminário ampliado do Comando Nacional dos Bancários, na sede do Sindicato de Brasília, para debater as pautas da Marcha da Classe Trabalhadora e seus efeitos na organização sindical da categoria e dos trabalhadores. Foto abaixo.
Programação da Marcha
A concentração será às 8h, no estacionamento do Teatro Nacional/Praça da Cidadania. Às 9h, será realizada uma Plenária. Neste mesmo horário haverá uma coletiva dos presidentes das centrais sindicais da CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, NCST, Publica e Intersindical Central falam com a imprensa, antes do início da Marcha da Classe Trabalhadora.
Às 10h30, a saída da Marcha será rumo ao Congresso Nacional, onde a pauta de reivindicações será entregue à Câmara dos Deputados e ao Senado. Em seguida, os presidentes das centrais serão recebidos pelo presidente Lula.
A pauta de reivindicações
Redução da jornada sem redução salarial, pauta histórica da CUT. Hoje a carga horária autorizada no país é de 44 semanais. A CUT defende a redução para 40 horas semanais, desde que seja respeitada a jornada de categorias, que por meio de convenções coletivas já conquistaram cargas menores ou escalas especiais como, por exemplo, os bancários.
Fim da escala 6 X 1 também faz parte da pauta da classe trabalhadora. Ela se complementa com a redução de jornada sem redução salarial. Ambas são essenciais para a boa saúde física e mental dos trabalhadores e aumenta as oportunidades no mercado de trabalho para todos.
Isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil. Hoje a isenção é para quem ganha até R$2.824,00. O aumento da isenção para R$ 5 mil está contido na proposta apresentada pelo governo ao Congresso Nacional. Ela representa mais dinheiro no bolso e, consequentemente, uma qualidade de vida melhor para 90% dos trabalhadores brasileiros.
Taxação dos super-ricos. É fundamental para o país ter mais justiça tributária e social. O tema vem sendo debatido pela CUT há muitos anos. Dados da Receita Federal de 2023 mostram o 1% mais rico possui fortuna média de R$ 4,6 milhões. Outra fatia desse segmento, 0,1% dos brasileiros, possuía R$ 26,2 milhões. E, outra parte, 0,01% dos brasileiros mais ricos tinham uma fortuna média R$ 151,5 milhões.
Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do ano passado, revelou que quem ganha acima de R$ 1 milhão paga, em alguns cenários, apenas 10%.
No topo da pirâmide, quem ganha R$ 8 milhões por ano ou R$ 666 mil mensais (o 0,01% mais rico da população brasileira) paga uma alíquota média de 12,9%. O percentual é o mesmo de um trabalhador que recebe R$ 6 mil por mês em salário ou R$ 72 mil anuais.
Fonte: Fetec-CUT/CN, com informações da Contraf-CUT e da CUT Brasil