Afirmação do advogado é a mesma da direção do Banco do Brasil?
A negociação desta semana apresenta uma situação inusitada que terá de ser questionada em mesa: quem faltou com a verdade no Banco do Brasil? A Diretoria Jurídica, através de seu advogado no julgamento dos Caixas, ou a Dipes, por meio de seus representantes na mesa de negociação?
No julgamento do processo da Contraf-CUT X Banco do Brasil, realizado pela 3ª turma do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª região (Distrito Federal e Tocantins), o resultado foi parcialmente favorável, conforme já divulgado em diversas matérias pelos veículos de comunicação do movimento sindical. Porém, um questionamento ficou "no ar":
* O advogado que representava o banco tinha autorização da empresa para afirmar que serão "extintos ou amplamente reduzidos" os Caixas Executivos do BB?
No mesmo dia, na rodada de engociação com os representantes do banco, eles afirmaram que iriam ter conhecimento do teor do acórdão do julgamento, que ainda não seria realizada nenhuma medida em relação aos Caixas e que levariam o assunto para ser tratado nas negociações com os representantes dos funcionários. Posição correta para quem deseja realizar o bom diálogo e a construção de uma boa negociação.
Dessa forma, tendo essas posições antagonistas dentro da direção do banco, surge a pergunta: quem faltou com a verdade no BB?
Nesta sexta, 12 de julho, será feito esse questionamento na negociação, mas, já afirmamos, se a posição da direção do Banco do Brasil for aquela apresentada por seu advogado no tribunal, prepare-se para enfrentar o movimento paredista e uma possível greve, pois mantemos nossa postura de não aceitar nenhuma medida unilateral e intransigente por parte da empresa ou, pelo menos, de alguns setores como o Jurídico do BB.
Fonte: Fetec-CUT/CN